Fernando Meligeni de um lado da quadra, Gustavo Kuerten de outro. Caminhando de um lado para o outro, Larri Passos orienta com um microfone na mão. "Eles estão em velocidade 5, que é 100%. Agora vão reduzir para 3, para manter a bola na quada", explica o treinador a jovens atentos na quadra central do Lagoa Iate Clube, em Florianópolis.
Meligeni (e), Larri (c) e Guga fazem pausa no treino desta quarta-feira para mandar recados aos jovens tenistas que disputam a Copa Guga Kuerten em Florianópolis (Marcelo Ruschel / Divulgação)O treino faz parte da preparação de Guga antes da exibição deste sábado contra o russo Yevgeny Kafelnikov, na Arena Multiuso de São José (SC), às 20h30m (de Brasília). Mesmo assim, o trio interrompe várias vezes o bate-bola para sugerir caminhos aos jovens atletas que disputam a Copa Guga Kuerten, torneio infanto-juvenil que é jogado nesta semana no clube.
Guga e Meligeni seguem trocando bolas, sem errar. Larri explica.
- No tie-break, a bola tem que continuar em jogo. E ainda tem gente dizendo que tênis é disputado em quatro bolas. Outro dia vi um tie-break do Djokovic, e ponto teve 26 trocas de bola. A bola tem que seguir em jogo - explicou ao microfone.
O treinador que levou Guga ao tricampeonato de Roland Garros deu outros recados táticos durante o bate-bola e, no fim, veio a mensagem mais importante: um pedido por união no tênis.
- Por mais que pareça, tênis não é um esporte individual. Eu era número 1 do Brasil, e esse cara aqui (Guga) passou por cima de mim. Tínhamos uma rivalidade, queríamos ganhar um do outro, mas viajávamos juntos, ficávamos no mesmo quarto (em hotéis), conversávamos muito. Nós nos ajudamos demais - lembrou Meligeni ao público, composto por tenistas, pais e técnicos.
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